quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Classificação dos Monstros III




E, encerrando nossas postagens sobre a classificação nazariana dos monstros, vou falar um pouco sobre duas importantes categorias do horror moderno: os monstros microscópicos e os monstros tecnológicos.

  • Monstros microscópicos: Perigo invisível, as amebas, germes, bactérias, vírus são no mundo das guerras biológicas microorganismos capazes de exterminar a humanidade. "A ficção associou o vírus ao 'monstro' por seu poder de extermínio em endemias, epidemias e pandemias', afirma Nazário. Exemplares: o vírus que altera a constituição biológica dos humanos no recente filme I am legend (Eu sou a lenda) de Francis Lawrence.


  • Monstros tecnológicos: são os monstros que estão intimamente relacionados ao universo tecnológico como objetos mecânicos, eletrônicos e genéticos, animados sob as formas mais variadas. De acordo com Nazário, "os monstros modernos não são mais organismos selvagens do Além, criaturas exóticas, matérias vivas desconhecidas; eles assustam como objetos fabricados pelo próprio homem no seio da civilização. A tecnologia é a maior fonte de terror das sociedades tecnológicas. O novo terror surge dentro da usina atômica, do hospital, do laboratório e do lar moderno". Exemplares: A rebelião dos robôs em I, Robot de Isaac Asimov que recentemente recebeu uma adaptação homônima para as telonas com Will Smith.

Entrelinhas: Na próxima postagem falarei sobre o conceito cultural de monstros para os principais pensadores que nas três últimas décadas têm se voltado para o assunto. Entre eles, nomes como José Gil, filósofo português, Michel Foucault, filósofo francês, Julio Jeha, Luiz Nazário e Jeffrey Jerome Cohen.

"Responda rápido: o que é feio, malvado, duro de matar, tem origens escusas e é um absoluto sucesso? Um monstro, claro". Um jornalista.

Para saber mais:

NAZÁRIO, Luiz. Da natureza dos monstros. São Paulo: Artes & Ciência, 1998.

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